É certo que a Páscoa e as suas tradições já ficaram para trás no tempo,
mas surgiu a oportunidade e não a deixámos escapar. Amanhã, dia 5 de maio,
iremos conhecer a lenda que está na origem do verdadeiro folar transmontano
e iremos dedicar um bocadinho do
nosso tempo a confeccionar este bolo.
Teremos connosco a Srª D. Maria de Lurdes Venâncio
Pacheco, mãe da Professora Maria José Barroso que irá partilhar o seu saber e
experiência.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e
tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as
festividades cristãs da Páscoa, os afilhados costumam levar, no Domingo de
Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa,
oferece-lhe em retribuição um folar.
Fiquem atentos!
Lenda do Folar da Páscoa
A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de
origem.
Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa: “Minha roquinha esfiada/Meu fusinho por encher/Minha sogra enterrada/Meu marido por nascer/Minha Santa Catarina/Com devoção e carinho/Tomai-vos minha madrinha/Arranjai-me um maridinho.
Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Os três concluíram que aquela seria uma mensagem de reconciliação enviada pela Santa e, assim, fizeram as pazes, permitindo que o casamento dos jovens pudesse se dar em total tranquilidade. Desta forma todos ficaram em paz e união..
Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa: “Minha roquinha esfiada/Meu fusinho por encher/Minha sogra enterrada/Meu marido por nascer/Minha Santa Catarina/Com devoção e carinho/Tomai-vos minha madrinha/Arranjai-me um maridinho.
Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Os três concluíram que aquela seria uma mensagem de reconciliação enviada pela Santa e, assim, fizeram as pazes, permitindo que o casamento dos jovens pudesse se dar em total tranquilidade. Desta forma todos ficaram em paz e união..
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