“A
Associação Corações Com Coroa é uma associação sem fins lucrativos e
Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD).”
“CCC vai à Escola” é um projeto artístico-pedagógico que agendámos para as quatro turmas do 9ºano, por sugestão do professor Gilberto Nunes.
Sabíamos que consistia numa peça de teatro a ser apresentada em contexto de sala de aula. Mas o que presenciamos foi muito mais do que seria expetável.
Sentados nos seus lugares os alunos esperavam. Sabiam que algo ia acontecer, sabiam que havia uma jovem sentada na sala que não pertencia à turma. Estivemos em silêncio, lançando olhares cúmplices. De repente um rapaz de camisa aos quadrados e mochila e às costas entra pela sala e começa a interagir baixinho com os colegas da fila onde se sentou. E de repente os dois jovens atores levantam-se e começam a contar a “sua” história de amor. Com uma carga emocional muito forte, com silêncios e afetos fomos acompanhando aquela história de um amor novo em descoberta. E sabemos, antevemos a violência que irrompe, as ameaças, as suspeições, o controle que se instala naquela relação. E presenciamos as diversas formas que a violência no namoro assume, mas todas com o propósito de magoar, humilhar, controlar e assustar. O grande objetivo é dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida na relação.
A peça de teatro pretende promover a reflexão acerca de questões existentes no quotidiano escolar, a violência no namoro, a gravidez adolescente, a contracepção, o bullying e o cyberbullying. E é totalmente conseguido.
Esta interação deste “casal de namorados” ao vivo permite que os alunos se identifiquem com as personagens e se aproximem da sua realidade, da sua linguagem e mais facilmente se apercebam que há limites ao amor.
Queremos felicitar os autores envolvidos que fizeram um trabalho espetacular, comprometido, envolvido, talentoso. Muitos parabéns aos dois pares de autores que connosco estiveram com tanta generosidade e dedicação. Conseguimos sentir cada emoção, cada palavra, cada gesto, cada grito. Sentimos a mão que agride, mas também o gesto que consola que acolhe e cuida. E ficámos felizes quando no final se adivinha que existe alguma esperança para aquele amor. Nós gostamos de histórias de amor com um final feliz.
Pretende-se passar uma mensagem forte para a não aceitação da violência. Esse não é um caminho.
No final da peça os alunos são convidados a refletir sobre a questão da violência e do desrespeito nas relações afetivas e a tomar consciência dos direitos de cada um num universo ainda “machista”. Essa dinâmica é liderada por uma técnica da CCC, a Drª Luísa Lemos que tão bem dirige a reflexão. Uma oportunidade para a tomada de consciência e quem sabe contribuir para prevenir/quebrar a violência.
Queremos agradecer à instituição CCC, esta parceria e felicitá-los por este projeto que representa uma mais valia para a escola no desenvolvimento das temáticas da Educação para a Cidadania e para Educação para a Igualdade de Género e para a não-violência.
Muito obrigada!
“CCC vai à Escola” é um projeto artístico-pedagógico que agendámos para as quatro turmas do 9ºano, por sugestão do professor Gilberto Nunes.
Sabíamos que consistia numa peça de teatro a ser apresentada em contexto de sala de aula. Mas o que presenciamos foi muito mais do que seria expetável.
Sentados nos seus lugares os alunos esperavam. Sabiam que algo ia acontecer, sabiam que havia uma jovem sentada na sala que não pertencia à turma. Estivemos em silêncio, lançando olhares cúmplices. De repente um rapaz de camisa aos quadrados e mochila e às costas entra pela sala e começa a interagir baixinho com os colegas da fila onde se sentou. E de repente os dois jovens atores levantam-se e começam a contar a “sua” história de amor. Com uma carga emocional muito forte, com silêncios e afetos fomos acompanhando aquela história de um amor novo em descoberta. E sabemos, antevemos a violência que irrompe, as ameaças, as suspeições, o controle que se instala naquela relação. E presenciamos as diversas formas que a violência no namoro assume, mas todas com o propósito de magoar, humilhar, controlar e assustar. O grande objetivo é dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida na relação.
A peça de teatro pretende promover a reflexão acerca de questões existentes no quotidiano escolar, a violência no namoro, a gravidez adolescente, a contracepção, o bullying e o cyberbullying. E é totalmente conseguido.
Esta interação deste “casal de namorados” ao vivo permite que os alunos se identifiquem com as personagens e se aproximem da sua realidade, da sua linguagem e mais facilmente se apercebam que há limites ao amor.
Queremos felicitar os autores envolvidos que fizeram um trabalho espetacular, comprometido, envolvido, talentoso. Muitos parabéns aos dois pares de autores que connosco estiveram com tanta generosidade e dedicação. Conseguimos sentir cada emoção, cada palavra, cada gesto, cada grito. Sentimos a mão que agride, mas também o gesto que consola que acolhe e cuida. E ficámos felizes quando no final se adivinha que existe alguma esperança para aquele amor. Nós gostamos de histórias de amor com um final feliz.
Pretende-se passar uma mensagem forte para a não aceitação da violência. Esse não é um caminho.
No final da peça os alunos são convidados a refletir sobre a questão da violência e do desrespeito nas relações afetivas e a tomar consciência dos direitos de cada um num universo ainda “machista”. Essa dinâmica é liderada por uma técnica da CCC, a Drª Luísa Lemos que tão bem dirige a reflexão. Uma oportunidade para a tomada de consciência e quem sabe contribuir para prevenir/quebrar a violência.
Queremos agradecer à instituição CCC, esta parceria e felicitá-los por este projeto que representa uma mais valia para a escola no desenvolvimento das temáticas da Educação para a Cidadania e para Educação para a Igualdade de Género e para a não-violência.
Muito obrigada!
Sem comentários:
Enviar um comentário