domingo, 26 de janeiro de 2020

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto - 27 de janeiro


“Ninguém deve sair daqui, pois deveria levar para o mundo, juntamente com a marca gravada na carne, a terrível notícia do que, em Auschwitz, o homem teve a coragem de fazer ao homem.”
Primo Levi
Comemora-se no dia 27 de Janeiro, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, data que coincide com o 75º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, em 1945. Um dia para homenagear e recordar os seis milhões de Judeus e as demais vítimas do extermínio nazi, como os prisioneiros de guerra, os dissidentes políticos e os membros de grupos minoritários que foram sistematicamente assassinados durante a II Guerra Mundial.
A data de 27 de janeiro de 1945 foi escolhida pela ONU porque foi nesse dia que o maior campo de extermínio nazista foi libertado por tropas soviéticas. Há 75 anos, os 7500 prisioneiros restantes deixados em Auschwitz foram libertados pela 322ª Divisão de Rifles do 60º Exército de Frente Ucraniana do Exército Vermelho.
Entre maio de 1940 e janeiro de 1945 morreram no campo de concentração de Auschwitz mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, transformando aquele complexo numa das principais fábricas da morte do nazismo. Hoje é um local de visitas e reflexão...
Entre os artefatos do genocídio encontrados pelos russos estavam 348.820 ternos de homem e 836.255 vestidos de mulheres, além de montanhas de óculos, cabelos humanos e calçados, muitos deles de crianças.
Queremos refletir e condenar a intolerância, o preconceito, o racismo, a xenofobia e o ódio. O Ministério da Educação, através desta Direção-Geral convida as escolas a refletirem e a assinalarem a data. https://www.dge.mec.pt/noticias/27-de-janeiro-dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto

Crianças prisioneiras em Auschwitz

 Discurso de António Guterres:

Poderão assistir a um  vídeo sobre o tema clicando aqui: O silêncio de Auschwitz
Também nos sites:
MEMOSHOÁ poderão ter acesso a mais vídeos e informação;
EXPRESSO
 Testemunho de Gdisuave Badiô o preso n.º 16.291 ( retirado do site da Renascença)
“Uma noite, a minha aldeia foi cercada pela polícia militar alemã. Prenderam 60 pessoas, eu incluído. Outros foram mortos. Levaram-nos para uma prisão. Ninguém sabia o que se estava a passar. Quase uma semana depois, fomos transportados de comboio para Lublin. Passamos para as mãos das SS, que chegaram com cães e nos trataram como se fossemos criminosos. Da estação, caminhámos até ao campo de concentração de Majdanek. Parámos junto a um pavilhão de madeira, onde funcionava uma câmara de gás. O nosso cabelo foi rapado e conduziram-nos ao chuveiro. Cada um dava para 30 ou 40 pessoas. Depois recebemos fardas às riscas e foram-nos atribuídos números."

"A partir dessa altura, todos éramos números, eu era o n.º 16.291. De manhã, junto ao pavilhão, éramos contados e divididos em vários grupos de trabalho. Logo no primeiro dia, fui espancado porque me enganei no grupo. Em vez de me apresentar no bloco 14, fui para o 15. Todos vestíamos de igual, era fácil o engano. Um dia, um amigo meu sentiu-se mal e teve que ir ao médico. Nunca mais regressou. Fiquei mais tarde a saber, por alguns prisioneiros, que todas as pessoas que se juntaram na fila para o médico foram mortas na câmara de gás. Todos os meus vizinhos da aldeia foram mortos.”

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